segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Dhí&N do Automobilismo PAUL NEWMAN – PAIXÃO PELAS CORRIDAS

por Luis Máximo Morelo


Paul Leonard Newman, nasceu em Shaker Heights no dia 26 de janeiro de 1925 e começou a trabalhar como ator profissional desde 1951. Ele sempre dizia que aprendeu somente a representar e que quando completasse 90 anos de idade teria aprendido a pilotar. 




Modéstia à parte, Paul Newman era assim mesmo. Frase, com efeito, que se esperava de um grande ator, a sua determinação e coragem eram velhas conhecidas de quem convivia com ele nos sets de filmagem e nas pistas de corrida. 






E ele começou a correr numa idade em que muitos pilotos já encerraram a carreira; aos 42 anos. Poucas vezes deixou os trabalhos mais perigosos nos filmes para “doublés”, fazia questão de aprender os “macetes” exiigidos por carro e pista e pisou fundo durante as filmagens de Winning (no Brasil – 500 Milhas). Foi amor á primeira acelerada. Antes interessado pelas corridas apenas como torcedor comum, passou a ser um frequentador dos boxes e começou a perguntar. E perguntou sobre câmbio, aerofólios, sistema de injeção de combustível, bloco de motor, pistões, freadas, tangências e tudo mais que um piloto deve aprender para entrar na pista, tocar forte e não ser surpreendido por uma curva que chega antes do tempo.



Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 7060 Hollywood Boulevard. Newman atuou em cerca de 60 filmes.

Começou a pilotar nas categorias mais lentas do Campeonato Nacional de Automóveis Esportivos e rapidamente foi para a classe GT-1, onde foi tricampeão entre 1977 e 1985. Também disputou provas pela categoria Trans-Am e sempre acompanhava de perto as provas da F-Indy. Era um dos donos da equipe Newman/Hass. Entãp vinha a inevitável pergunta: e o cinema? 


1979- conseguiu um segundo lugar na categoria esporte das 24 Horas de Le Mans com um Porsche 935.


No começo dos anos de 1980, ele já dizia que: “correr é a melhor forma que conheço de escapar de todo lixo de Hollywood”. Com o tempo rigorosamente dividido, Paul Newman tinha tempo somente para os filmes que lhe davem prazer, de preferência aqueles que podia dirigir. Nas corridas sempre chegava ao final, revelando o estilo da “finesse”, desprezando a brutalidade dos pés de chumbo. E nem poderia ser diferente, era só olhar no retrovisor e ver os pilotos que poderiam ser seus netos. 


Aos 70 anos, foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte do time de pilotos do carro que venceu às 24 Horas de Daytona de 1995.


Paul Newman sofreu dois acidentes sérios, um na pista de Riverside, Califórnia e outro em Moroso, na Flórida. Escapou sem ferimentos. Esbanjava saúde, mas era difícil manter as forma e ainda dividir o tempo com outra profissão arriscada. Será que isso o preocupava? Ele respondia que: “acho que um piloto nato pode voltar a adquirir a prática rapidamente, mas não outros que, como eu, que tem conseguido competir, não na base de um grande talento, e, sim graças a muita obstinação; para nós, recuperar a forma exige um pouco mais de trabalho”. E ele se cuidava. Fazia exercícios diários em sua sala de ginástica, pedalava a bicicleta ergométrica e gostava de fazer Cooper. Para conservar o rosto cinematográfico, tinha o habito de mergulhá-lo no gelo. Tudo era necessário, porque não eram apenas a filmagens e corridas que tomavam conta da vida de Paul Newman. 




Ele desenvolvia também uma atividade filantrópica. Além de criar, também dirigia a Fundação Scott Newman, que até hoje ajuda a combater às drogas, em memória de seu único filho homem (Scott morreu aos 28 anos). O dinheiro da fundação sai dos lucros gerados pelos produtos com a marca Newman’s Own. Ele também se engajava de campanhas de ajuda e até hoje o dinheiro de seus produtos é destinado para instituições como o American Ballet Theatre, Fundação Americana para a Pesquisa da AIDS, Preservação do Central Park de New York e outras. 


Christian Fittipaldi, ele foi piloto do time de Paul Newman de 1996 a 2002


Com tantas atividades e como ostentava o mais legitimo sucesso em tudo o que fazia, Paul Newman poderia ser um chato, um astro agressivo e que se acharia um merecedor de privilégios. Nada disso. No boxe, gostava de ser tratado como um piloto, e apenas isso. Seu interesse estava nos carros e não gostava que lhe dessem atenção especial. Ele amava realmente a força da velocidade e essa atração não tinha nada a ver com os motivos da maioria das pessoas que se dedica ao automobilismo. Paul Newman nunca precisou do dinheiro dado ao vencedor de cada prova e nem da fama que esse primeiro lugar lhe conferia. Correr, para ele, era algo ligado ao seu íntimo e a resposta a isso era a alegria natural de quem doma uma máquina veloz. Ao sair de seu carro após uma corrida, o rosto enrugado, cabelos brancos molhados de suor... ele tirava o capacete azul e mais uma vez enfrentava os repórteres. E mais uma vez respondia: “enquanto eu não ficar com medo de pisar fundo, vou continuar”.






Em 2006 o ator, diretor e piloto Paul Newman realizou seu último trabalho para o cinema, a animação “Carros”, da Pixar, em que dublou o personagem Doc Hudson.






Paul Newman ex-fumante inveterado, padeceu por muito tempo de câncer no pulmão. Em agosto de 2008, após encerrar as sessões de quimioterapia contra o câncer, foi informado que teria poucas semanas de vida e pediu aos médicos e a seus familiares para deixar o hospital e ser levado á sua casa, em Westport, no estado americano de Connecticut, onde morreu em 26 de setembro de 2008.




muito obrigado pela visita!
cuide bem da saúde com ações e alimentação saudáveis!
gRANDe abraço!

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